Descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett,
o Nióbio, o mais leve dos metais refratários, é utilizado principalmente em
ligas ferrosas, criando aços bastante resistentes às altas temperaturas e à corrosão,
sendo portanto um metal cada vez mais essencial à tecnologia industrial. Esse metal é utilizado em automóveis, turbinas de avião, tubos
de gasodutos, motores de aeroplanos, propulsão de foguetes e em outros chamados
supercondutores, além de soldagem, indústria nuclear, eletrônica, lentes
ópticas, tomógrafos, entre outros.
Embora seja o elemento metálico de mais baixa concentração na
terra, 98% das reservas de nióbio conhecidas no mundo estão situadas em
território brasileiro. Fator esse que faz do Brasil quase que o único produtor
mundial, detendo –atualmente – cerca de 94% da produção do planeta..
No entanto, apesar do Brasil concentrar praticamente todo o
nióbio do mundo, e da importância desse produto para o mercado global, o nióbio
brasileiro, segundo críticos, vem sendo vendido a preços baixos “preço de banana”. A atual política de
preço é muito criticada por setores estratégicos, pois alguns economistas defendem
que o fato do Brasil ser quase o único produtor e detentor desse metal, o país deveria criar políticas de valorização e ditar o preço do produto para o mercado.
Por outro lado, contrários a essa posição, especialistas
explicam que três fatores principais impedem que o Brasil imponha ao mercado uma política de preço agressiva, sendo eles: o nióbio só é empregado
em pequenas quantidades (média de 100 gramas para cada tonelada de aço); pode
ser substituído em seu principal uso de larga escala por metais como o
vanádio, tântalo, tungstênio e molibdênio; e por último o fato do Brasil não dominar a tecnologia necessária para aproveitar suas aplicações de ponta, como a
fabricação de ímãs, supercondutores ou sensores espaciais.
Dessa
forma, entre os dois pontos críticos sobre o assunto, há de prosperar o senso mediano de alguns
especialistas que não corroboram com uma politica de preço impositiva por parte do Brasil. Entretanto, condenam os
preços atuais e defendem uma negociação com os principais compradores. Outrossim, acreditam que a negociação a respeito do preço faria com que o
PIB (Produto Interno Bruto) fosse alavancado, melhorando de forma significativa a economia, haja vista a possibilidade do país
explorar as reservas de nióbio aqui existentes por mais de 200 anos.
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